[RESENHA] A Maldição do Tigre

Título: A Maldição do Tigre

Autora: Colleen Houck

Páginas: 352

Editora: Arqueiro

Avaliação: 3/5

Sinopse: Kelsey Hayes perdeu os pais recentemente e precisa arranjar um emprego para custear a faculdade. Contratada por um circo, ela é arrebatada pela principal atração: um lindo tigre branco. Kelsey sente uma forte conexão com o misterioso animal de olhos azuis e, tocada por sua solidão, passa a maior parte do seu tempo livre ao lado dele. O que a jovem órfã ainda não sabe é que seu tigre Ren é na verdade Alagan Dhiren Rajaram, um príncipe indiano que foi amaldiçoado por um mago há mais de 300 anos. 

Bem, olá de novo. Aqui é a Kay, e hoje vou falar de A Maldição do Tigre, um livro que vem causando certo burburinho, e que eu já li faz um tempinho (acho que duas semanas), mas não quis falar dele antes porque, sinceramente, é bem mais ou menos.

Kelsey é a típica adolescente americana que nunca beijou um cara (não, fala sério, eles querem mesmo que eu acredite que nos EUA ninguém beija antes dos 18 anos? Essas autoras podem parar com isso, eu assistia Laguna Beach, ok? U.U) e que precisa de um emprego de verão (é de verão? Não lembro rs) para poder pagar a faculdade e juntar um dinheirinho, provavelmente pra completar sua coleção do guia quinzenal de "Como Arranjar um Namorado" rs.

Brincadeiras à parte, ela vai parar num circo, e lá se encanta com o tigre Ren, um animal que é esperto demais, e bonzinho demais para um Tigre Branco. Ela passa a maior parte de seu tempo livre lendo pra ele, poesias, contos, romances; e cada vez mais parece a ela que ele a entende. Ela sabe que quando olha nos olhos do tigre, pode ver mais do que um animal que merece estar engaiolado como atração principal de um circo, ela consegue ver sua alma, e cada vez mais próximo de seu coração, o tigre Ren desenvolve também algum sentimento por ela. Ah... mencionei que ele não é um tigre?

Ren é na verdade o príncipe indiano Dhiren, amaldiçoado muitos anos atrás a ser confinado em um corpo de tigre para toda eternidade, porém, Dhiren vê uma pontinha de esperança se reavivar dentro de si quando conhece Kelsey, deixando-se acreditar que ela é a garota da profecia, a protegida de uma Deusa indiana que viria para ajudá-lo.

Kelsey vai para a Índia, ainda sob a ilusão de que Ren é apenas um tigre, acreditando estar apenas acompanhando-o para um novo lar, quando de repente ela vira as costas e, quando volta a olhar para frente, no lugar do tigre há um homem, ali, simplesmente do nada.

Eu como fã de literatura fantástica já vi coisas de todos os tipos, e adoro coisas absurdas. Não acho que faltou criatividade a autora, pelo contrário, ela foi bem fundo em sua imaginação e soube me levar para a Índia. Ela soube me fazer correr pro Google de curiosidade, para entender e ver o que Kelsey via naquelas paisagens e templos maravilhosos. Tudo isso caiu bem na história e abafou o fato de que as coisas não acontecem simplesmente assim. Fantasias a parte, certos detalhes me incomodaram.

Kelsey é menor de idade, como assim vai para a Índia a trabalho, nas férias de verão? Mesmo que ela tenha tido permissão dos pais adotivos, quantos meses duram as férias? Porque, ela ficou bastante tempo na índia. Então, do nada, os pais entregam a menina na mão de estranhos para passar um tempo fora do país, assim, desse jeito? Mas o que mais me desconcertou foi a transição tigre/homem, quando Ren se revela para Kelsey. Tudo bem que eu li a sinopse do livro (dã) e tudo bem que eu sabia o que ia acontecer, mas sinto que a autora pecou em não me passar a emoção de ter um príncipe indiano meio homem meio fera frente aos olhos. Eu queria que ela me surpreendesse, eu queria deixar os olhos meio abertos, morder os lábios de nervoso e ver a mesma cena que Kelsey viu, sentir o que ela sentiu. Mas foi muito superficial, não me convenceu. A Personagem simplesmente entendeu tudo e aceitou participar de uma missão quase suicida pela Índia, para ajudar Dhiren. Um ponto muito positivo do livro, porém, é o fato de que o amor dos dois não acontece por acaso, não acontece sem motivo nenhum como em 90% dos romances estúpidos escritos para adolescentes estúpidas, os protagonistas realmente se gostam e formam um belo casal. Eu teria dado uma estrela a mais devido a isso, não fosse o fato de Kelsey logo se mostrar uma adolescente insegura e burra (daquelas que eu não suporto) e começar com os "ninguém me ama ninguém me quer", "não sou boa o suficiente para ele" e "um dia ele vai conhecer o mundo e perceber como sou um nada", isso quando um PRÍNCIPE INDIANO está praticamente implorando por uma chance, rs. PFVR colega, pelo menos tira uma casquinha.

No geral é um ótimo livro. Tem romance, aventura, comédia... Se você não for tão insuportavelmente detalhista e chata como eu, terá uma leitura prazerosa e de fácil entendimento, apesar das palavras difíceis tipo Kishskshssishishi, alguma coisa assim (risos). A autora, como eu disse antes, desenvolveu uma ótima idéia, e eu vou com certeza ler o próximo. Beijos.

Agora, sou eu, Lucas. Bom, eu abandonei A Maldição do Tigre, por enquanto. Concordo com a Kay em alguns pontos. Para mim, a história pareceu ficar sem um desenvolvimento completo. Kelsey é chata, sim, e eu a odiei falando sozinha o tempo em que Ren estava na forma de tigre. Eu sei que o final é legal, pelo que me contaram, mas não é ainda que eu lerei até o fim. Não deixem de comentar a resenha, pessoal. Beijos e abraços.