Resenha: Sereia


Título: Sereia
Autora: Tricia Rayburn
Páginas: 306
Editora: Verus
Avaliação: 4/5
Sinopse: Vanessa Sands, de 17 anos, tem medo de tudo – do escuro, de altura, do mar –, mas sua destemida irmã mais velha, Justine, está sempre por perto para guiá-la a cada desafio. Até que Justine vai mergulhar num precipício uma noite, perto da casa de veraneio da família em Winter Harbor, e seu corpo sem vida aparece na praia no dia seguinte. Os pais de Vanessa tentam superar a tragédia retornando à vida cotidiana em Boston, mas ela sente que a morte da irmã não foi acidental. Depois de descobrir que Justine estava escondendo diversos segredos, Vanessa volta para Winter Harbor, esperando que Caleb, o namorado de sua irmã, possa esclarecer algumas coisas, mas o garoto está desaparecido. 

Surpreendido, foi assim que fiquei ao ler Sereia. Paguei apenas 10,00 no Submarino e valeu muito a pena. Eu não esperava absolutamente nada desse livro. Nem ao menos li a sinopse direito para saber do que se tratava. Porém, quando comecei a ler eu não quis mais parar e terminei em apenas três dias. O livro não é o melhor do mundo, mas é uma leitura que agrada bastante.

Depois da chegada do livro eu coloquei uma etiqueta nele com data e meu nome, li a sinopse e já desanimei, pensando que seria uma péssima leitura. Só que o livro me pegou, literalmente.

Tricia optou pela narração em primeira pessoa. Vanessa é a protagonista e depois da morte sem explicação da sua irmã, Justine, ela com ajuda de Simon - lindo, fofo, sexy e meteorologista - vai atrás de respostas para o acontecimento. Acho que foi isso que me surpreendeu na história. A sinopse não dá muitas pistas do que irá acontecer no livro, mas ao decorrer da história eu fui querendo saber mais e mais até chegar ao fim.

A protagonista que narra a história, Vanessa, não é das mais chatas, mas está longe de cativar o leitor. Ela tem medo de tudo, de altura, de água, de escuro, de trovão, até do próprio reflexo se duvidar (risos). Se a autora tivesse focado nessas chatices da protagonista, o livro teria se tornado um tédio. Mas, com certeza ela foi mais esperta que isso, e esses medos da Vanessa são citados algumas vezes apenas no livro.

“Eles levantaram para coloca-la na ambulância, e a mão cinzenta e pesada de alguém que estava debaixo do lençol branco caiu.” (página 95)

Não podia faltar, claro, o romance no livro. Eu acredito que às vezes o romance cai bem, às vezes não. Em Sereia eu achei até que ficou legal, pois não é um romance meloso, que dá até dor de dente no leitor, de tão doce que é. Vanessa e Simon formam um “casal”, que no decorrer da trama vão se apaixonando. Mas eu reafirmo que, o ápice desse livro não está em algum personagem cativante, e sim no mistério.

“Ele me beijou como se seu coração fosse parar se ele não fizesse isso e manteve os braços em volta de mim enquanto eu me movia para o outro lado do quarto.” (página 175)

A narrativa não se mostra nem tão acelerada nem tão arrastada. Mas eu não posso deixar de dizer que a autora pecou muito na descrição das sereias. Se o tema do livro é esse, por que não dar atenção maior em riqueza de detalhes justamente nelas? Ela deu uma descrição mais ou menos para as sereias, tanto que eu tive que me “virar nos 30” para conseguir imaginar qual ideia ela queria passar.

Enfim, Sereia, apesar de alguns detalhes negativos, me surpreendeu muito positivamente. Consegui terminar ele tão rápido que até estranhei, pois realmente não dava nada para a história. Não é o melhor livro do mundo, e também não quebrou meu jejum de livros medianos que ando lendo, mas é cativante e misterioso o suficiente para deixar o leitor ávido para chegar logo no fim.  Beijos, abraços, e não deixem de comentar a resenha. Se você não tem o livro, compre-o logo no Submarino por 9,90 porque vale a pena. Se você o tem, arrume um dia qualquer para adentrar no mundo místico desses seres maravilhosos.

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