A Hospedeira: filme e livro

A espera terminou! Dia 29 de março deste mês ocorreu a estreia mundial de A Hospedeira, inspirado no romance de Stephenie Meyer. Eu já assisti e quero compartilhar minha opinião com vocês. Confiram!

O LIVRO:

Tive meu primeiro contato com o livro em 2009 (no ápice da febre Twilight). O que eu não esperava era não conseguir lê-lo. Simplesmente não desceu e abandonei. Com a notícia da adaptação, precisei ler, e posso admitir: me arrependi do abandono.

A história criada por Stephenie é sem dúvidas digna do sucesso que fez. Narrando sob o ponto de vista de Peregrina, a alma, e Melanie, a hospedeira, o livro é fascinante. Ao contrário de Crepúsculo, que nada acrescenta culturalmente a quem lê, A Hospedeira mostra muito mais que um romance entre dois corpos e três indivíduos. Notei lições de amor e aceitação, independentemente se tais valores fossem aplicados entre uma “alma” e um humano.  Apesar do começo maçante, eu me ambientei com o livro a partir da página cem, e desenvolvi um sentimento de carinho pelas protagonistas. Motivos para ódio mútuo não faltaram, mas elas se tornaram "irmãs".

A Hospedeira foi um livro capaz de extrair de mim diversas emoções. Constatei no final que Stephenie Meyer é ótima autora, só não acertou muito com a saga que narra a história de amor  entre uma humana e um vampiro.

O FILME:

No livro temos quinhentos e sessenta páginas de muita história, tanto pelo que acontece na terra, e as outras vidas de Peg. E é claro, a luta interna das duas. No filme, perdeu-se um pouco dessa essência, porque não dava para adaptar cada diálogo entre elas. Isso não foi negativo (ao menos pra quem leu).

A trilha sonora misturada com a fotografia (luz, estrutura dos planos, e etc) do filme foi responsável por um clima extremamente envolvente. Não há nenhuma música além de Radioactive (música tema), e sim instrumentais que combinaram perfeitamente com o enredo.  

Conhecia o trabalho da atriz que interpretou Melanie do filme Um Olhar no Paraíso , longa que me emocionou muito. Como protagonista desse eu vi que ela continua a mesma ótima atriz, mas não consegui ver a profundidade do livro. As conversas internas ganharam uma pitada de humor e sarcasmo, fundamentais para arrancar risadas dos expectadores no cinema.  E o lado emocional teve sua função desempenhada com sucesso, já que o final é capaz de arrancar lágrimas de quem assisti.

Vale lembrar que quem não leu o livro vai assistir apenas “mais um filme”. A história continua a mesma, mas a ordem dos fatos foi mudada, personagens foram retirados e acontecimentos novos acrescentados. Ou seja, quem foi assistir a um filme esperando entender cada detalhe sem ter lido o livro, perdeu a viagem. A adaptação é uma peça e obra literária é outra: juntas funcionaram bem, mas o filme sozinho, não.

Termino esse texto e confesso: eu simplesmente amei o filme e quase chorei no final. A Hospedeira é uma história de amor diferente e que permanecerá na memória de todos que a vivenciaram durante muito tempo. Quem ainda não viu, corre para o cinema mais próximo. Quem não leu, leia, porque vale a pena.