Resenha: A Seleção

Título: A Seleção

Autora: Kiera Cass

Editora: Seguinte

Páginas: 359

Classificação: 3/5

Sinopse: Para trinta e cinco garotas, a “Seleção” é a chance de uma vida. Num futuro em que os Estados Unidos deram lugar ao Estado Americano da China, e mais recentemente a Illéa, um país jovem com uma sociedade dividida em castas, a competição que reúne moças entre dezesseis e vinte anos de todas as partes para decidir quem se casará com o príncipe é a oportunidade de escapar de uma realidade imposta a elas ainda no berço. É a chance de ser alçada de um mundo de possibilidades reduzidas para um mundo de vestidos deslumbrantes e joias valiosas. De morar em um palácio, conquistar o coração do belo príncipe Maxon e um dia ser a rainha.

Depois de receber um convite para participar da Seleção, America Singer não pretende aceitar. Mas após a insistência de sua família e namorado, ela cede. Já competindo com 34 garotas, America vê no Príncipe Maxon um garoto mimado e vazio. Com o passar do tempo e o surgimento de uma amizade, ela acaba descobrindo que o jovem tem mais qualidades do que ela pensava.

Confesso que comprei A Seleção primeiro pela capa linda. Resenhas não foram o ponto que me fizeram querer lê-lo, mas sim a curiosidade. Posso dizer que em resumo eu achei o livro apenas bom, uma leitura fácil, só que sem nenhum compromisso.

A personagem America é agradável. Felizmente, Kiera não nos trouxe uma personagem chata e enjoativa. Porém, a atmosfera que envolveu a trama que não me agradou. Depois de irem para o palácio real, America e mais 34 garotas começam a “competir” pelo príncipe. Podem me chamar de chato, mas achei tão “programa dominical aonde mulheres vão atrás de namorados”. É diferente, eu sei, mas por que cargas d’água um príncipe lindo teria que promover um concurso para arrumar uma esposa? A proposta do livro era essa, mas não me convenceu por completo, achei superficial. 

Por ser uma distopia eu já tive um receio de ler. O livro se parece com Jogos Vorazes pela questão das castas e tal. Mas para ser sincero, acho que o livro mostra nada mais que a nossa sociedade de hoje de uma forma imaginária no futuro. Se pegarmos alguns elementos como a realeza, castas e rebeles e substituirmos por governo, população e bandidos, teremos a sociedade atual. Isso é um ponto positivo que eu tenho que ressaltar, que apesar de não ser tão original, A Seleção me fez pensar a respeito disso.

Achei o livro meio vazio como um todo. Nada acontece além de encontros entre príncipe e candidatas a esposa e intrigas entre elas. A parte mais interessante é com certeza a história que o país tem. A Seleção foi de uma leitura fácil, rápida e sem enrolação, mas nada muito impressionante. 

O piloto de tevê já foi aprovado. Vi algumas pessoas reclamando dizendo que “estragaram” o Aspen colocando ele na adaptação como negro. Primeiro: isso é preconceito, sim. Segundo: preconceito é algo horrível. Os atores são lindos, inclusive o que fará Aspen. A intérprete de America também. Acho que a série demandará uma produção enorme em termos fotográficos. Imagino o trabalho de cada vestido descrito no livro. E vocês, o que acharam do livro e o que esperam da adaptação? Abraços.

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