Autora: Kathryn Erskine
Páginas: 224
Editora: Valentina
No mundo de Caitlin tudo é preto ou branco. As coisas são boas ou más. Qualquer coisa no meio do caminho é confuso. Essa é a máxima que o irmão mais velho de Caitlin sempre repetiu. Mas agora Devon está morto e o pai não está ajudando em nada. Caitlin quer acabar com isso, mas como uma menina de onze anos de idade, com síndrome de Asperger ela não sabe como. Quando ela lê a definição de encerramento ela percebe que é o que ela precisa. Em sua busca por ele, Caitlin descobre que nem tudo é preto ou branco, o mundo está cheio de cores, confuso e bonito.
No mundo de Caitlin não existe cor. A garota tem síndrome de Asperger, vive em mundo à parte. Depois da morte de seu irmão em uma grande tragédia, que era mais que um companheiro para ela, a pequena Caitlin teve que se acostumar com a situação e encontrar um Desfecho para si mesma.
Sabe aquele tipo de livro que é simples e ao mesmo tempo muito singelo? Pois é, Passarinha é assim, e reúne um conteúdo muito grande e rico em suas 224 páginas.
O tema da história é bem delicado: síndrome de Asperger. A profundidade já começa por aí, porque muitas pessoas não ter conhecimento tal síndrome, assim como eu não tinha. Logo no começo da leitura decidi pesquisar para saber a respeito e me aprofundar mais. Creio que por isso o resultado final foi uma compreensão muito maior da mensagem que a autora queria passar.
A narrativa da autora é feita sob ponto de vista de Caitlin. A inocência da personagem fez eu me afeiçoar tanto a ela que em alguns momentos senti vontade de poder tê-la nos braços e dizer que tudo ia ficar bem. Por ter a síndrome de Asperger, ela é tida, por alguns pouco informados, como autista. Mas há uma diferença: o portador de autismo não consegue ter fala compreensível enquanto quem tem Asperger consegue e pode ainda ter uma vida absolutamente normal. Caitlin podia falar, mas ela tinha sintomas do autismo. Quem porta essa síndrome dificilmente consegue compreender ironias, por exemplo. A menina muitas vezes olhava para um adulto, ouvia o que ele dizia, mas não Captava O Sentido (a autora empregou muitos termos e frases com letras maiúsculas para dar uma ênfase). Pequenos detalhes como esse deixaram a história muito rica e profunda.
O ambiente escolar foi um dos cenários de Passarinha e nele é exemplificado todos obstáculos que alguém "especial" pode encontrar na vida. Caitlin tinha dificuldades enormes para lidar com os colegas por não ter consciência de magoar os outros, não conseguir lidar com conflitos pessoais e tantas outras coisas. Em um momento a professora diz que "quer" que ela faça um dever e ela se recusa. Quando questionada na direção qual foi o motivo, ela respondeu que a professora apenas "queria", mas não a mandou que fizesse. Essa incapacidade de compreensão deu até uma pitada de leveza, pois em vários momentos a personagem incrementava os diálogos com um pouco de humor.
O pai de Caitlin foi um personagem adorável também. Creio que ter um filho com necessidades especiais requer muito cuidado e ele tinha isso. Em várias situações quando ela tinha comportamentos variáveis ele aguentava firme e sempre amparava a filha. Foi uma relação linda de se acompanhar.
Passarinha assim como Fale! (também lançado pela Valentina) tem, além de uma história que emociona, um conteúdo muito didático. Abordar o autismo numa trama fictícia foi uma ótima escolha feita por Kathryn, a autora. Ao final da leitura me senti emocionado e ao mesmo tempo enriquecido, pois carregarei para sempre no coração a singela história de Caitlin e todo conhecimento que adquiri a partir dela.
No final do livro há uma nota da autora. A história foi inspirada no massacre de trinta e três pessoas na Virginia Tech Univerity em Blacksbug, Virgínia, em 16 de abril de 2007.
Sabe aquele tipo de livro que é simples e ao mesmo tempo muito singelo? Pois é, Passarinha é assim, e reúne um conteúdo muito grande e rico em suas 224 páginas.
O tema da história é bem delicado: síndrome de Asperger. A profundidade já começa por aí, porque muitas pessoas não ter conhecimento tal síndrome, assim como eu não tinha. Logo no começo da leitura decidi pesquisar para saber a respeito e me aprofundar mais. Creio que por isso o resultado final foi uma compreensão muito maior da mensagem que a autora queria passar.
A narrativa da autora é feita sob ponto de vista de Caitlin. A inocência da personagem fez eu me afeiçoar tanto a ela que em alguns momentos senti vontade de poder tê-la nos braços e dizer que tudo ia ficar bem. Por ter a síndrome de Asperger, ela é tida, por alguns pouco informados, como autista. Mas há uma diferença: o portador de autismo não consegue ter fala compreensível enquanto quem tem Asperger consegue e pode ainda ter uma vida absolutamente normal. Caitlin podia falar, mas ela tinha sintomas do autismo. Quem porta essa síndrome dificilmente consegue compreender ironias, por exemplo. A menina muitas vezes olhava para um adulto, ouvia o que ele dizia, mas não Captava O Sentido (a autora empregou muitos termos e frases com letras maiúsculas para dar uma ênfase). Pequenos detalhes como esse deixaram a história muito rica e profunda.
O ambiente escolar foi um dos cenários de Passarinha e nele é exemplificado todos obstáculos que alguém "especial" pode encontrar na vida. Caitlin tinha dificuldades enormes para lidar com os colegas por não ter consciência de magoar os outros, não conseguir lidar com conflitos pessoais e tantas outras coisas. Em um momento a professora diz que "quer" que ela faça um dever e ela se recusa. Quando questionada na direção qual foi o motivo, ela respondeu que a professora apenas "queria", mas não a mandou que fizesse. Essa incapacidade de compreensão deu até uma pitada de leveza, pois em vários momentos a personagem incrementava os diálogos com um pouco de humor.
O pai de Caitlin foi um personagem adorável também. Creio que ter um filho com necessidades especiais requer muito cuidado e ele tinha isso. Em várias situações quando ela tinha comportamentos variáveis ele aguentava firme e sempre amparava a filha. Foi uma relação linda de se acompanhar.
Passarinha assim como Fale! (também lançado pela Valentina) tem, além de uma história que emociona, um conteúdo muito didático. Abordar o autismo numa trama fictícia foi uma ótima escolha feita por Kathryn, a autora. Ao final da leitura me senti emocionado e ao mesmo tempo enriquecido, pois carregarei para sempre no coração a singela história de Caitlin e todo conhecimento que adquiri a partir dela.
No final do livro há uma nota da autora. A história foi inspirada no massacre de trinta e três pessoas na Virginia Tech Univerity em Blacksbug, Virgínia, em 16 de abril de 2007.
Estou lendo Fale! e estou encantada. Assim que terminar quero começar Passarinha, parece ser ainda mais intenso e mais impactante.
ResponderExcluirBjs, Isabela.
www.universodosleitores.com
Estou muito ansioso por essa leitura, mas dessa vez com menos receio do que senti em Fale! - que parecia ser uma história forte. Nesse caso sinto apenas que irei me emocionar e me encantar pela personagem, e não sentir nenhum tipo de angústia/tristeza. Talvez esteja errado ao pensar assim, mas realmente espero gostar de Passarinha tanto quanto gostei de Fale!. Aliás, será uma das minhas próximas leituras.
ResponderExcluirFoi ótimo conferir sua opinião antes de embarcar nessa história.
Abraços!
Ricardo - www.overshockblog.com.br
Não sei bem o que acho dessa capa... Elá é... Bem... Hum... Esquisita, acho que é a palavra que estou procurando. Sei la hehe tenho muita curiosidade com o tema abordado, como futura médica, qualquer obra que tenha personagens com alguma doença - ou sindromes, neste caso - me interessa! Amei a resenha!
ResponderExcluirUm beijo
http://escolhasliterarias.blogspot.com.br/
Síndrome de Asperger é pouco conhecida mesmo e muito delicada. Ás vezes pessoas e famílias passam anos sem ter o diagnóstico correto :(
ResponderExcluirTe juro que achei que o livro fosse nacional, Lucas, pela capa, talvez?
Me interessei pela história. Um pouco didática, como tu disse e no meu ver, até um pouco complexa.
Beijinhos
www.intheskyblog.blogspot.com.br
Oiee tudo bem ??
ResponderExcluirPrimeiro queria dizer que adorei conhecer você pessoalmente no encontro do literatura solidária o evento foi D+ e como falei adoro o seu blog, esse livro me lembrou um pouco o Tudo menos normal que também aborda o tema do autismo, me interessei muito por esse livro e pretendo ler em breve!
Beijos
http://www.livrosechocolatequente.com.br/
Assim como você não conhecia essa síndrome, me interessei pelo livro e sua resenha está muito boa. Acho bem interessante quando os livros abordam temas que não são muito abordados, gostei dos pontos que mencionou e com certeza ele vai para meus desejados.
ResponderExcluirBeijinhos.
http://marcaprovisoria.blogspot.com.br/
Oi,Lucas!
ResponderExcluirA cada dia fico mais impressionada com os livros da editora Valentina. Sempre abordando temas interessantes e emocionantes. Acho a capa desse livro simplesmente linda, mas nota-se que o livro em questão é muito mais do que uma bela diagramação. Espero ter a oportunidade de lê -lo o quanto antes.
Bj grande!
Zilda Peixoto
http://www.cacholaliteraria.com.br
Eu vi esse livro á um tempo e me interessei bastante por ele, mas acabou que depois eu fui esquecendo e agora que vi sua resenha reacendeu a chama de lê-lo logo!
ResponderExcluirBeijos
pomardoslivros.blogspot.com.br
A capa é fofa, e sua resenha conseguiu passar bem o que você falou do livro: simples e singelo, e parece um livro lindo que vou querer ler sim ^^
ResponderExcluirTé mais...
Oie!
ResponderExcluirGostei bastante, mais um que vou querer ler :)
O blog ta muito bom, gostei do layout também, parabéns!
beijos
http://osnarnianos.blogspot.com.br/
Passarinha é outro livro que estou louca pra ler desde que vi a sinopse. Já li outra resenha que foi tão elogiosa quanto a sua, e fico ainda mais ansiosa. Gosto de livros que sejam agradáveis e ainda acrescente algo. Quero logo. ^^
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Nossa Lucas, fiquei emocionada com a sua resenha. Tenho certeza de que ficaria arrepiada ao ler uma história tão delicada, profunda e intensa como essa. Valeu pela dica. Beijos, Mi
ResponderExcluirwww.recantodami.com