[RESENHA] Cuco

Título: Cuco

Autora: Julia Crouch

Páginas: 464

Editora: Novo Conceito

Avaliação: 4/5

Sinopse: Polly é a mais antiga amiga de Rose. Quando ela liga para dar a notícia que seu marido morreu, Rose a convida para ficar em sua casa. Desde o momento em que ela e filhos chegaram na casa de Rose, fica óbvio que ela não é uma típica viúva. Ela não consegue parar de pensar, também, se sua presença tem algo a ver com o fato de Rose estar perdendo o controle de sua família. Enquanto o mundo de Rose é destruído, uma coisa fica clara: tirar Polly da casa está cada vez mais difícil.

Olá, leitores do blog. Hoje a resenha será sobre o livro “Cuco”. Vi algumas resenhas negativas sobre o livro, mas mesmo com medo o comprei. Não me arrependi, pelo contrário, adorei a leitura.

Polly e Rose se conhecem desde crianças. Rose sempre teve problemas, tanto em casa quanto na escola. Sabe aquela amiga que são quase nossas irmãs? Pois bem, Polly se tornou essa “amiga” para Rose. Depois de uma narrativa no presente, a autora nos leva ao passado delas. Bem, e é ai que podemos ver o quão víbora é Polly.

- Ah, claro, posso mesmo imaginá-la  pedindo para que ela se mude - disse Gareth.      - Você é muito generosa, Rose. Você é muito mole, sempre procurando alguém para cuidar. (pág 26)

Generosa, sim. Até demais. Quando Polly chega na casa dela está tudo muito bem. Porém, Polly não demora em mostrar suas garras. Esse fato me incomodou um pouquinho, porque Rose teve todos os indícios sobre o que Polly fazia, mas mesmo assim a deixou sob seu teto. Por quê? Porque as duas tem um segredo, um pacto de sangue. Isso faz com que ela se sinta encurralada. Vê sua vida ser roubada sem poder fazer nada.

- Ah, a propósito - falou Polly. - O bebê estava chorando quando passei pelo carro.      - Por que você não me avisou? - falou Rose, saltando de pé e descendo às pressas a ladeira para apanhar Flossie.   

- Eu avisei. Acabo de avisar - Polly respondeu às costas de Rose, enquanto se levantava vagarosamente e seguia atrás dela. (pág 44)

Perceberam que vadia ela é? Desculpem-me o uso da palavra “vadia”, mas é que Polly realmente me fez sentir raiva dela em todos os momentos. Em várias partes do livro quis entrar entre as páginas e dar um tapa na cara dela. Mas Rose me fez sentir isso também. A personalidade dela era forte, porém o que ela carregava no seu passado a impedia de fazer algo. Eu, no lugar dela, “JAMAIS” permitiria que alguém invadisse meu lar e tentasse destruir a minha vida. Com certeza, antes de me destruírem, eu destruiria primeiro.

- Como nós - Polly flagrou o olhar de Rose do outro lado da sala e sorriu. Levemente intimidada por aquele olhar intenso, Rose julgou detectar algo um pouco mais complicado que nostalgia. Confusa, desviou o rosto, ocupando-se do manjar. (pág 65)

Quando li atrás do livro, “Cuco é um romance que penetrará sob sua pele”, não levei muita fé. Pois bem, foi assim mesmo. A ideia do jogo psicológico que a autora usou foi muito boa. A Polly é sinistra, fazia coisas sinistras também. Em algumas partes do livro eu quis não acreditar que uma pessoa era capaz de fazer o que ela fez.

“Mande-a embora da sua casa. 

Rose dobrou o pedaço do papel e guardou-o na gaveta de seu criado-mudo. Era uma boa prescrição, mas achou que devia guarda-la para si, por enquanto.” (pág 322)

O tema levantado no livro é o que me chamou a atenção. A autora é capaz de abrir os olhos de quem lê o livro sobre nossas amizades. A Polly era como um anjo para Rose, e logo depois se mostra pior que um demônio.  Eu confesso para vocês que tenho alguém como a Polly na minha vida. Ela acha que é muito inteligente, mas deixou pontos soltos nas maldades que fez comigo. Felizmente eu já sei uma maneira de banir ela da minha vida. Acho até que muitas pessoas têm uma Polly em suas vidas. Vocês têm?

Eu recomendo a leitura desse livro, sim. Vocês vão se surpreender, ficarão atordoados com os acontecimentos da trama, e sentirão uma imensa vontade de entrarem no livro e impedir certas coisas.

Bom, é isso. Não deixem de ler. Beijos e abraços! Comentem!