Autora: Marissa Meyer
Páginas: 448
Editora: Rocco
Num mundo dividido entre humanos e ciborgues, Cinder é uma cidadã de segunda classe. Com um passado misterioso, esta princesa criada como gata borralheira vive humilhada pela sua madrasta e é considerada culpada pela doença de sua meia-irmã. Mas quando seu caminho se cruza com o do charmoso príncipe Kai, ela acaba se vendo no meio de uma batalha intergaláctica, e de um romance proibido, neste misto de conto de fadas com ficção distópica. Primeiro volume da série As Crônicas Lunares, Cinder une elementos clássicos e ação eletrizante, num universo futurístico primorosamente construído.
Cinder é uma mecânica de Nova Pequim, tem uma madrasta (ela diz que é a sua guardiã legal) e duas meia-irmãs. Uma peste vem assolando a população até que sua irmã mais nova, Peony, pega a doença e sua madrasta a culpa por isso. O príncipe Kai cruza seu caminho transformando a pacata vida de Cinder de maneira rápida e drástica. Parece que finalmente algo bom vai acontecer a borralheira. O jovem herdeiro do trono pede para a mecânica recuperar um de seus androides para que informações importantes possam ser acessadas novamente. A dúvida é quais são essas informações e até quando ela vai conseguir esconder dele que é um ciborgue, porque interiormente acha que essa condição não é aceitável.
Esqueçam as pérolas, sapatos de cristal, fada madrinha e qualquer coisa que tenha relação com a famosa história da Cinderela. Acrescentem graxa, uma protagonista que tem partes cibernéticas, uma rainha lunar insana, um príncipe e pronto, temos Cinder, uma releitura de um dos contos mais conhecidos por todos nós.
À primeira vista é meio estranho imaginar a Cinderela (agora Cinder) como um ciborgue, mas não é que Marissa Meyer fez um trabalho excelente? Primeiro, todos os aspectos sobre o funcionamento da personagem são bem pensados: Cinder não pode ruborizar, corar ou mesmo lacrimejar. Sim, ela não pode expressar muita emoção mesmo que queira. Pode parecer que assim a garota é seca e sem sentimento, mas não, só o leitor pode acompanhar, através da narrativa em terceira pessoa, o que ela sente enquanto os que a rodeiam têm outra visão dela. Fiquei fascinado por esse aspecto tão próprio que Marissa criou e o melhor é Cinder não se rebaixar para a madrasta que ela tanto odeia e sua meia-irmã mais velha. Iko, a amiga íntima de Cinder e androide, é genial. As falas dela são inteligentes e únicas, como " Não computei", se referindo a não ter entendido algo. O Príncipe Kai é fofo, atencioso, às vezes um tanto afobado, mas tudo isso porque ele deseja muito que a jovem mecânica o acompanhe no baile. É para suspirar com tanto cavalheirismo. rs
O universo da história é distópico, porém, não consigo enxergá-lo dessa maneira, apesar de alguns elementos do gênero marcarem presença como uma peste e muita tecnologia. Digo isso porque me parece mais como uma ficção científica. A própria autora ficou receosa se aceitariam um livro com pessoas vivendo na lua e uma Cinderela cibernética. É aceitável, e muito. A rainha Levana é um dos pontos fortes da trama por ser perversa com uma pitada de cinismo. Ah, ela não gosta de espelhos também. Por quê? Só posso dizer que a explicação para isso é muito interessante.
Apesar de ser uma releitura, a autora não deixou de lado algumas partes da história original. Existe um baile para toda a sociedade de Nova Pequim. Cinder também foi feita de borralheira por Adri, a madrasta. Foi uma delicia em algumas partes parar e pensar: Ah, esse é o momento que a Cinderela é impedida de ir ao baile. É uma verdadeira viagem de volta para a infância. Tudo isso traz uma certa previsibilidade, já que a maioria sabe o que acontece no conto, mas o encanto não se perde e é nisso que Meyer acertou.
Marissa disse no twitter que demorou dois anos para concluir o livro. O resultado, claro, foi uma obra consistente e muito bem feita. Não há ação, mas isso não fez falta, pois a mescla de um romance inspirado nos contos de fadas com um pouco de distopia me encantou muito. A continuação, Scarlet, vai trazer a história de Cinder entrelaçada com a de Chapeuzinho Vermelho. Estou mega ansioso para ler e tenho certeza que Meyer vai se superar, porque é notável o talento já em sua estreia. É isso, leiam Cinder e se encantem.
Clique aqui para ler a entrevista com a autora e descobrir mais sobre os livros.
Esqueçam as pérolas, sapatos de cristal, fada madrinha e qualquer coisa que tenha relação com a famosa história da Cinderela. Acrescentem graxa, uma protagonista que tem partes cibernéticas, uma rainha lunar insana, um príncipe e pronto, temos Cinder, uma releitura de um dos contos mais conhecidos por todos nós.
À primeira vista é meio estranho imaginar a Cinderela (agora Cinder) como um ciborgue, mas não é que Marissa Meyer fez um trabalho excelente? Primeiro, todos os aspectos sobre o funcionamento da personagem são bem pensados: Cinder não pode ruborizar, corar ou mesmo lacrimejar. Sim, ela não pode expressar muita emoção mesmo que queira. Pode parecer que assim a garota é seca e sem sentimento, mas não, só o leitor pode acompanhar, através da narrativa em terceira pessoa, o que ela sente enquanto os que a rodeiam têm outra visão dela. Fiquei fascinado por esse aspecto tão próprio que Marissa criou e o melhor é Cinder não se rebaixar para a madrasta que ela tanto odeia e sua meia-irmã mais velha. Iko, a amiga íntima de Cinder e androide, é genial. As falas dela são inteligentes e únicas, como " Não computei", se referindo a não ter entendido algo. O Príncipe Kai é fofo, atencioso, às vezes um tanto afobado, mas tudo isso porque ele deseja muito que a jovem mecânica o acompanhe no baile. É para suspirar com tanto cavalheirismo. rs
O universo da história é distópico, porém, não consigo enxergá-lo dessa maneira, apesar de alguns elementos do gênero marcarem presença como uma peste e muita tecnologia. Digo isso porque me parece mais como uma ficção científica. A própria autora ficou receosa se aceitariam um livro com pessoas vivendo na lua e uma Cinderela cibernética. É aceitável, e muito. A rainha Levana é um dos pontos fortes da trama por ser perversa com uma pitada de cinismo. Ah, ela não gosta de espelhos também. Por quê? Só posso dizer que a explicação para isso é muito interessante.
Apesar de ser uma releitura, a autora não deixou de lado algumas partes da história original. Existe um baile para toda a sociedade de Nova Pequim. Cinder também foi feita de borralheira por Adri, a madrasta. Foi uma delicia em algumas partes parar e pensar: Ah, esse é o momento que a Cinderela é impedida de ir ao baile. É uma verdadeira viagem de volta para a infância. Tudo isso traz uma certa previsibilidade, já que a maioria sabe o que acontece no conto, mas o encanto não se perde e é nisso que Meyer acertou.
Marissa disse no twitter que demorou dois anos para concluir o livro. O resultado, claro, foi uma obra consistente e muito bem feita. Não há ação, mas isso não fez falta, pois a mescla de um romance inspirado nos contos de fadas com um pouco de distopia me encantou muito. A continuação, Scarlet, vai trazer a história de Cinder entrelaçada com a de Chapeuzinho Vermelho. Estou mega ansioso para ler e tenho certeza que Meyer vai se superar, porque é notável o talento já em sua estreia. É isso, leiam Cinder e se encantem.
Clique aqui para ler a entrevista com a autora e descobrir mais sobre os livros.
Sempreee tive uma súper curiosidade pra ler o livro, principalmente pela capa que é lindaa de mais e sim eu sou dessas que compram pela capa -q
ResponderExcluirMas ficava pensando... sério? Cinderela robótica vivendo na lua me parecia algo NERD e sem nexo, mas sua resenha me fez ficar com uma super vontade de ler e descobrir o "medo" de espelhos da rainha!
Adorei de verdade! Curiosaa!
Kisses
Becca
www.temosmuitomaispradizer.com
Adorei este livro e cá em Portugal saiu agora o Scarlet! Veremos como segue a continuação :)
ResponderExcluirBeijinho e boas leituras!
Hey querido!
ResponderExcluirTô louca pra ler esse livro! Quando anunciaram o lançamento eu me interessei, mas fiquei com um pé atrás por causa da mistura, as chances de dar errado eram grandes! Mas pelo que tô lendo aqui super vale a pena né? Haha comprarei!
Um beijo
http://escolhasliterarias.blogspot.com.br/
Estou lendo! XD Já passei da metade e partilho todos os seus elogios ao livro. É maravilhoso! Iko arrasa mesmo. [rs] Cinder é ótima e Kai adorável. Também estou gostando do ciêntista Erlund. E a Rainha Levana me dá muito ódio. Que ler logo a conclusão e começar ansiar por Scarlet. *-*
ResponderExcluirAbraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Quando teve o evento fiquei com vontade de ler o livro, agora fiquei ainda mais curiosa
ResponderExcluirbjo
Pah
Lendo e Escrevendo
Opa! Me animei pra ler o livro. Gosto dessas "releituras" de contos de fadas, sabe? E tb amo distopia. Então, juntou isso tudo e o resultado: Gleice falida (Rocco way of life) XD
ResponderExcluirGostei da autora ter gasto um tempo considerável na história. Ao menos, bem escrita e estruturada deve ser. :)
Beijoooooooos
Gleice
www.murmuriospessoais.com
Oi Lucas!
ResponderExcluirEu confesso que quando vi esse livro a primeira vez achei a história muito estranha. Eu curto releituras e distopias, mas me pareceu tão absurdo que nem quis comprar. Agora me arrependi, já que sua resenha me conquistou. PRECISO desse livro!!!!
Beijos
http://www.coisasdemeninasarteiras.blogspot.com.br/
Todo mundo anda falando bem desse livro e a minha vontade só aumentando.
ResponderExcluirGostei muito do que li de sua resenha, citando pontos bem legais
bjs
http://www.loveebookss.com.br/
Estava super curiosa para ler esse livro, depois dessa super resenha entro pra minha listinha hahhaha
ResponderExcluirDa um olhadinha no meu blgo! Bjo
http://ccorujaleitora.blogspot.com.br/
Já tinha visto esse livro, mas ainda não tinha lido nenhuma resenha. Me interessei muito. Adoro a história da Cinderela e quero ver como ela se sai no corpo de um ciborgue.
ResponderExcluirBlog Prefácio
Cara! *-* hahaha
ResponderExcluirAmo qualquer coisa que seja releitura de conto de fadas, mas ela tem partes de robô? Que louco! kkkkkkkk Parece super legal, vou querer com certeza!
Bjs
fantasiandocomoslivros.blogspot.com.br
Adorei a resenha Lucas, só fui entender um pouco melhor a obra depois que li a entrevista que você postou com a autora. Eu adoro releituras e sempre fico curiosa para ver o que os autores aprontam com a história original e até que ponto eles inovam. Quero ler Cinder o quanto antes, se possível. Beijos, Mi
ResponderExcluirwww.recantodami.com
Oi Lucas !
ResponderExcluirAchei super inusitada a proposta da autora, a mescla do clássico com o arrojado deve ter ficado incrível, estou super a fim de conferir essa história. Não ligo para a previsibilidade do final se posso me encantar com o "durante". Ótima resenha =)
Beijos... Elis Culceag. * Arquivo Passional *