EW (Entertainment Weekly): Você acabou de publicar seu segundo livro. Como se sente comparado ao primeiro?
M (Marissa): Praticamente todos os sentimentos bons ainda estão aqui. Eu meio que esperava que a partir desse ponto já estaria acostumada com isso, mas esse não é o caso. A todo momento tenho recebido e-mails com boas avaliações ou cartas de fãs que estão empolgados (com Scarlet), parece tudo novo outra vez. É um pouco amedrontador e excitante. É difícil pra mim imaginar que estou vivendo este momento e já escrevi dois livros inteiros.
EW: Cinder é uma mistura de gêneros - conto de fadas com ficção científica. Você se preocupou que isso poderia ser um tanto "demais" para as pessoas?
M: Sim, definitivamente. Especialmente depois que eu tive a ideia para escrever o livro ou depois de ter conseguido um agente e só fiquei trabalhando na história. Eu, claro, amei isso. Teve uns momentos que pensei "Meu Deus, ninguém vai querer comprar isso, ninguém vai aceitar que existem pessoas malucas que vivem na lua e ciborgues..." Fiquei realmente preocupada se isso seria demais para os leitores absorverem. Mas está feito e estou animada para ver a resposta deles.
EW: Sobre Scarlet - foi difícil criar uma nova protagonista? Cinder continua fazendo parte da história, mas agora toda a trama está focada numa nova personagem.
M: Sabe, a introdução da Scarlet não foi tão difícil, porque eu imaginava a série assim desde o começo. Escrevi Cinder com a intenção que no início do segundo livro tivesse essa linha dupla de enredo acontecendo. Mas o que foi difícil foi ter duas histórias acontecendo ao mesmo tempo. Tentar balanceá-las de um jeito que os leitores fossem cativados e intrigados por ambas, e não cansados de uma e esperando a outra.... Foi tentar achar um jeito de manter as duas fluindo simultaneamente.
EW: Existem muitos personagens na série, então imagino que alguns podem ser mais difíceis de serem escritos do que outros. Então, qual foi o mais fácil e o mais difícil até agora?
M: Os mais fáceis são os mais engraçados. Eu amo personagens que têm um grande senso de humor. Iko, amiga íntima da Cinder, é sempre muito legal de escrever. Ela é uma das personagens que eu simplesmente posso jogar numa cena e deixar que ela comece a falar. Nunca sei o que ela vai dizer, mas sempre sai perfeito. O Capitão Carswell Thorne [personagem presente em Scarlet] é outro pelas mesmas razões: ele surge do nada para dizer coisas que eu realmente não estava esperando. E como mais difícil está Scarlet. Foi difícil para mim descobri-la, porque no começo do livro ela está passando por um momento muito difícil, isso nos rascunhos, muito chorosa e deprimida, algo que não é legal de se escrever e ler. Então levou um tempo para eu saber que ela queria ser aquela heroína durona. Eu tive que abandonar minhas próprias percepções e somente deixá-la ser quem ela queria ser.
EW: Nesse mesmo tópico, há um post no seu blog que você descreve todas as mudanças que Scarlet sofreu desde seu rascunho, e elas foram grandes, como na parte que a história costumava ter lugar nos Estados Unidos e agora tem lugar na França. Como foi fazer tais mudanças?
M: Foi assustador. Geralmente eu posso reconhecer quando algo vai ser melhor. É meio que olhar e "Oh, se eu posso fazer uma mudança, sim, vai ser um trabalho a mais, mas o livro será melhorado por conta disso". É nesse ponto que começo a ficar animada para o enredo mais uma vez. Isso me faz querer ir fundo na história e não me preocupar com uma porção de trabalho que me espera.
Ew: Você tem uma cena favorita em Scarlet?
M: Tenho, só que é um spoiler, então não quero revelar muito. A parte que eu mais gosto é a cena a bordo do trem Maglev.
Cinder foi lançado aqui no Brasil pela Editora Rocco. O segundo volume, Scarlet, ainda não tem previsão de lançamento. Cress, o terceiro livro, tem pano de fundo a história da Rapunzel (imagem abaixo) e será lançado em 2014 nos Estados Unidos.
Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: Lucas Souza. Revisão: Izabela Fernandes
Se for usar no seu blog/site, dê os créditos. Plágio é crime.
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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: Lucas Souza. Revisão: Izabela Fernandes
Se for usar no seu blog/site, dê os créditos. Plágio é crime.
Acho a capa de Cress a mais linda de todas *-*
ResponderExcluirCertamente publicar suas ideias mais malucas foi difícil e esse medo que ela cita está presente em todos nós. E os autores são os que mais "sofrem" com esse sentimento. Porém acredito que devemos terminar tudo o que começamos.
Seu trabalho de tradução está excelente.
I'm so proud of you ^^
xoxo
Muito bom conhecer um pouco mais desta excelente autora. Ainda quero ler Cinder, ouço coisas muito boas sobre este livro.
ResponderExcluirAbraços
http://reaprendendoaartedaleitura.blogspot.com.br/
E você só me deixando mais ansiosa, né Sr. Lucas? [rs] Mas tá decidido, Cinder será minha próxima leitura. :D
ResponderExcluirAh, te indiquei pra uma tag. Mas não é obrigatório fazer tá?
Abraço!
http://constantesevariaveis.blogspot.com.br/
Curti a entrevista. Eu não li o livro ainda, mas tenho ouvido falar muito bem, tanto dele quanto da escrita.
ResponderExcluirUm beijo
http://escolhasliterarias.blogspot.com.br/
Adorei a entrevista !
ResponderExcluirEstou com esse livro aqui e preciso lê-lo o quanto antes, cada novo comentário que vejo sobre ele fico mais curiosa !
Beijocas,
www.segredosentreamigas.com.br
Adorei a entrevista, faz tempo que morro de curiosidade de ler esse livro. Já adquiri, mas tenho tantos para ler na frente.. hehe Beijos, Mi
ResponderExcluirwww.recantodami.com
Adoro coisas q tem a ver com contos de fada. Sensacional.
ResponderExcluirOie,
ResponderExcluiradoro essas entrevistas, me fazem pensar que poderei ser eu ali há alguns anos.
bjos
http://blog.vanessasueroz.com.br